Solenidade da Apresentação do Senhor
A Solenidade da Apresentação do Senhor é a festa de Cristo “luz das nações”, o momento em que o Messias se encontra com seu povo, no Templo de Jerusalém. Também celebramos a Festa da Purificação de Nossa Senhora.
Liturgia
A celebração eucarística da Solenidade da Apresentação do Senhor inicia-se com estas palavras: “Irmãos e irmãs, quarenta dias se passaram desde a solenidade do Natal. Hoje a Igreja está de novo em festa, para celebrar o dia em que Maria e José apresentaram Jesus ao Templo. Com aquele rito, o Senhor se sujeitava às prescrições da lei antiga e vinha ao encontro de seu povo, que o esperava na fé. Guiados pelo Espírito Santo, foram ao Templo os santos anciãos Simeão e Ana; iluminados pelo mesmo Espírito, reconheceram o Senhor e, cheios de alegria, deram testemunho dele. Também nós, reunidos aqui pelo Espírito Santo, vamos ao encontro de Cristo. Que encontraremos e reconheceremos no partir do pão, à espera de que ele venha e se manifeste na sua glória.”
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Segue-se então a tradicional bênção das velas: “Ó Deus, fonte e princípio de toda luz, que hoje revelaste ao santo velho Simeão o Cristo, verdadeira luz de todas as gentes, abençoa estas velas e ouve as orações de teu povo que vem ao teu encontro com estes sinais luminosos e com hinos de louvor; conduze-o pelo caminho do bem, para que chegue à luz que não tem fim. Por Cristo Nosso Senhor.”
“O acontecimento que hoje estamos a celebrar recorda-nos aquilo que Maria e José fizeram quando, quarenta dias depois do nascimento de Jesus, O ofereceram a Deus como seu filho primogénito, submetendo-se às prescrições da lei mosaica. Em seguida, esta oferenda encontraria pleno e perfeito cumprimento no mistério da paixão, morte e ressurreição do Senhor. Então, Ele teria realizado a sua missão de ‘Sumo Sacerdote misericordioso e fiel’, compartilhando até às últimas consequências a nossa sorte humana. Na apresentação no Templo, como no Calvário, quem está ao seu lado é Maria, a Virgem fiel, co-participante do desígnio eterno da salvação.” (S. João Paulo II, Homilia de 2 de Fevereiro de 2004)
Origens
São inúmeras as explicações para a origem da festa da Purificação. Beda o venerável, em seu “De Temporum rationem” faz menção a uma festa pagã, as Lupercálias, onde pessoas ofereciam aos deuses bodes e cães para pedir fertilidade e purificação da terra. Após sacrificarem esses animais, cortavam tiras de couro e saíam pelas ruas de Roma correndo e batendo em todos os que encontravam pela frente.
O papa Gelásio I encontrou na liturgia de Jerusalém o remédio para combater tal costume desordeiro. Ali, na Terra Santa era costume desde o século IV o povo sair nas ruas em uma grande e solene procissão levando tochas e candeias acesas quarenta dias após a Epifania, ou seja, no dia 15 de fevereiro, era a festa da Hypapante (“encontro” em Grego).
Em Roma esta cerimônia foi transferida para o dia 2 de Fevereiro, quadragésimo dia após o 25 de Dezembro, data em que o natal era comemorado na Cidade Eterna.
A Benção das Velas
No mesmo dia 2 de Fevereiro a Igreja comemora em todo o mundo a festa de Nossa Senhora das Candeias, da Candelária, da Luz, da Glória, da Purificação, do Bom Sucesso. É um costume antiquíssimo que nesta data sejam abençoadas velas e distribuídas ao povo. São João Paulo II certa vez disse:
“Hoje também nós, com as velas acesas, vamos ao encontro d’Aquele que é ‘a Luz do mundo’ e acolhemo-l’O na sua Igreja com todo o impulso da nossa fé baptismal.(…). Na tradição polaca, assim como na de outras Nações, estas velas benzidas têm um significado especial porque, levadas para casa, são acendidas nos momentos de perigo, durante os temporais e os cataclismos, em sinal da entrega de si, da família e de quanto se possui à proteção divina. Eis por que, em polaco, estas velas se chamam ‘gromnice’, isto é, velas que afastam os raios e protegem contra o mal, e esta festividade é chamada com o nome de Candelária.
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“Ainda mais eloquente é o costume de colocar a vela, benzida neste dia, entre as mãos do cristão, no leito de morte, para que ilumine os últimos passos do seu caminho rumo à eternidade. Com esse gesto quer-se afirmar que o moribundo, seguindo a luz da fé, espera entrar nas moradas eternas. Onde já não se tem ‘necessidade da luz da lâmpada nem da luz do sol, porque o Senhor Deus o iluminará’” (cf. Ap 22, 5). (São João Paulo II, 2 de Fevereiro de 1998)
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