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Como nasceu a festa do Corpus Christi?

Corpus Christi, Festa do Corpo de Cristo.

No ano de 1263 um sacerdote chamado Pedro achava-se assaltado por uma terrível tentação a respeito da presença real de Cristo na Eucaristia. Para fortalecer sua fé vacilante, resolveu fazer uma peregrinação a Roma.

Chegando às portas de Bolsena, Itália, decidiu entrar na cidade para celebrar Missa. Rogou insistentemente a Deus que o livrasse da dúvida atroz que há tempos o atormentava e começou a celebração.

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No momento da Consagração, ao pronunciar as palavras rituais — “Isto é o meu Corpo…” a hóstia santa então tomou uma tonalidade avermelhada e começou a gotejar sangue, que caiu copiosamente sobre o corporal. Os fiéis presentes também puderam contemplar o maravilhoso acontecimento.

Realmente presente em Corpo, Sangue, Alma e Divindade.

O sacerdote apressou-se a comunicar o milagre ao Papa Urbano IV que residia temporariamente na vizinha cidade de Orvieto. Este logo enviou a Bolsena uma comitiva encabeçada pelo arcebispo, para examinar a veracidade do fato e, se confirmado, trazer as preciosas relíquias até ele. São Tomás de Aquino e São Boaventura teriam também feito parte dessa comitiva.

Comprovada a autenticidade do prodigioso fato, a Hóstia consagrada e o linho impregnado do precioso Sangue foram solenemente conduzidos em procissão até Orvieto, onde o Papa prostrou-se de joelhos para recebê-los. Em seguida todos se dirigiram para a velha catedral e ali milhares de fiéis emocionados puderam contemplar e prestar culto às preciosas relíquias.

A caminho da oficialização

Esse espetacular prodígio impressionou vivamente o pontífice. Ele já tinha conhecimento do famoso milagre eucarístico de Lanciano e, além disso, fora confidente de Santa Juliana de Mont Cornillon, uma mística que recebera dos Céus a incumbência de transmitir à Igreja o desejo divino de ser estabelecida no calendário litúrgico uma festa em honra da Eucaristia.

Assim, em 11 de agosto de 1264 ele firmou em Orvieto a bula Transiturus de Hoc Mundo, pela qual instituiu a Festa de Corpus Christi. Com isso estendeu para toda a Igreja o culto público à Sagrada Eucaristia, que até então era oficiado apenas em algumas dioceses, por influência de Santa Juliana.

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Cinquenta anos mais tarde outro Papa, Clemente V, estabeleceu assim a Festa da Eucaristia como obrigação canônica mundial. E o Concílio de Trento, em meados do século XVI, tornou oficial a realização da Procissão Eucarística, como ação de graças pelo dom supremo da Eucaristia e como manifestação pública de fé na presença real de Cristo na Hóstia Sagrada.

Estava assim definitivamente instaurada em toda a Igreja “a Festa em que o Povo de Deus se reúne em volta do tesouro mais precioso herdado de Cristo, o Sacramento de sua própria Presença, e O louva, canta e leva em procissão pelas ruas da cidade”.

Na Solenidade de Corpus Christi de 2005 o Papa Bento XVI nos diz. 

“Sem dúvida, para a Fé, a Eucaristia é um mistério de intimidade. O Senhor instituiu o Sacramento no Cenáculo, circundado pela sua nova família, pelos doze Apóstolos, prefiguração e antecipação da Igreja de todos os tempos. Por isso, na liturgia da Igreja antiga, a distribuição da sagrada Comunhão era feita com as palavras: Sancta sanctis — o dom sagrado destina-se aos que são tornados santos. Deste modo, respondia-se à admoestação dirigida por São Paulo aos Coríntios: ‘Portanto, examine-se cada um a si próprio e só então coma deste pão e beba deste vinho’ (1 Cor 11, 28).

“(…) Verdadeiramente, Maria, a Mãe do Senhor, ensina-nos o que significa entrar em comunhão com Cristo: Maria ofereceu a própria carne, o próprio sangue a Jesus e tornou-se tenda viva do Verbo, deixando-se penetrar no corpo e no espírito pela sua presença. Pedimos a Ela, nossa santa Mãe, que nos ajude a abrir, cada vez mais, todo o nosso ser à presença de Cristo; que nos ajude a segui-lO fielmente, dia após dia, pelos caminhos da nossa vida.” (Excertos da homilia no encerramento do Congresso Eucarístico Italiano, 29/5/2005)

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No mesmo ano, após a recitação do rosário junto à gruta de Lourdes nos Jardins do Vaticano ele afirmou:

Em particular hoje detemo-nos a meditar sobre o mistério da Visitação da Virgem a Santa Isabel. Maria, trazendo no seio Jesus recém-concebido, vai visitar a prima Isabel. É uma jovem, mas não tem medo, porque Deus está com Ela, dentro d’Ela. De certo modo, podemos dizer que a sua viagem foi a primeira “procissão eucarística” da História. Maria, tabernáculo vivo de Deus que se fez carne, é a Arca da Aliança, em que o Senhor visitou e redimiu o seu povo. A presença de Jesus enche-A do Espírito Santo. Quando entra na casa de Isabel, a sua saudação é transbordante de graça: João estremece no seio da mãe, como se tivesse sentido a vinda d’Aquele que no futuro ele deverá anunciar a Israel. Os filhos exultam, as mães regozijam-se. Este encontro, impregnado da alegria do Espírito, encontra a sua expressão no cântico do Magnificat.

Não é, porventura, também esta a alegria da Igreja, que acolhe incessantemente Cristo na sagrada Eucaristia e O leva ao mundo com o testemunho da caridade concreta, imbuída de fé e de esperança? (Saudação no final do Rosário recitado na Gruta de Lourdes, nos jardins do Vaticano, 31/5/2005)


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