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Festa da Exaltação da Santa Cruz

Conversão de Constantino

Conta o historiador Eusébio da Cesaréia que o general Constantino, filho da Santa Helena, era pagão mas respeitava os cristãos. Tendo que enfrentar uma terrível batalha contra o perseguidor Magêncio, chefe de Roma, o ano 311, na noite anterior à batalha teve um sonho no qual viu uma cruz luminosa nos ares e ouviu uma voz que lhe dizia: “Com este sinal vencerá”, e que ao começar a batalha mandou colocar a cruz em várias bandeiras dos batalhões e que exclamou: “Confio em Cristo em quem minha mãe Helena crê”.

E a vitória foi total, e Constantino chegou a ser Imperador e decretou a liberdade para os cristãos, que por três séculos vinham sendo muito perseguidos pelos governantes pagãos.

No início do ano 313 o imperador publicou o edito de Milão, pelo qual se permitia o cristianismo no Império. Seguindo o exemplo de sua mãe, converteu-se, sendo batizado pelo Papa São Silvestre.

Santa Helena descobre a Santa Cruz

Escritores extremamente antigos como Rufino, Zozemeno, São Crisóstomo e Santo Ambrósio, contam que Santa Helena, a mãe do imperador, pediu permissão a seu filho Constantino para ir procurar em Jerusalém a cruz na qual morreu Jesus.

Já idosa, tinha então setenta e sete anos, subiu ao topo do Gólgota; onde se erigia um templo em honra de Vênus, mandado construir pelo imperador Adriano. 

Santa Helena de fato soube que os judeus tinham o costume de enterrar no lugar da execução de um malfeitor os instrumentos que serviram para lhe dar morte. Mandou, então, derrubar o templo e procurar a cruz onde padecera o Redentor.

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Iniciaram as escavações e depois de muito trabalho, da profundidade da cova ouviu-se um grito: – Madeira! Madeira! Madeira! Helena caiu de joelhos, o bispo Macário olhou dentro da cova; sua respiração se agitou. Havia tantos trabalhadores na escavação que não se podia ver nada.

Um instante depois todo mundo estava ajoelhado. Do fundo do buraco foram surgindo três cruzes. Apareciam pouco a pouco… oscilando conforme os trabalhadores as tiravam.

O bispo levantou-se e viu nas mãos de um dos trabalhadores um e reconheceu os restos de caracteres hebreus, gregos e latinos, era a placa que tinha mandado escrever Pilatos.

Assim é que uma daquelas três cruzes tinha que ser a verdadeira Cruz. Mas qual?

Os primeiros milagres da Santa Cruz

Como não se podia distinguir qual era a cruz de Jesus, levaram a uma mulher agonizante. Ao tocá-la com a primeira cruz, a doente se agravou, ao tocá-la com a segunda, ficou igualmente doente do que estava antes, mas ao tocar a terceira cruz, a doente recuperou instantaneamente a saúde.

Foi assim que Santa Helena, e o bispo de Jerusalém, Macário, e milhares de devotos levaram a cruz em piedosa procissão pelas ruas de Jerusalém. E que pelo caminho encontraram com uma mulher viúva que levava a seu filho morto a enterrar e que aproximaram a Santa Cruz ao morto e este ressuscitou.

Bento XVI e a festa da Exaltação da Santa Cruz

Em 2008 Bento XVI esteve em Lourdes para as comemorações dos 150 anos das aparições de Nossa Senhora. Na festa da Exaltação da Santa Cruz, durante a homilia, o pontífice disse: 

“Como é admirável possuir a Cruz! Quem a possui, possui um tesouro!” (S. André de Creta, Homilia X na Exaltação da Cruz: PG 97, 1020) O Filho de Deus tornou-se vulnerável, assumindo a condição de servo, obedecendo até à morte e morte de cruz (cf. Fil 2,8). É pela sua Cruz que estamos salvos. O instrumento de suplício que, na Sexta-Feira Santa, tinha manifestado o juízo de Deus sobre o mundo, tornou-se fonte de vida, de perdão, de misericórdia, sinal de reconciliação e de paz. “Para ser curados do pecado, olhamos para Cristo crucificado!” dizia Santo Agostinho (Tract. in Johan., XII, 11). Levantando os olhos para o Crucificado, adoramos Aquele que veio para assumir sobre si o pecado do mundo e dar-nos a vida eterna.

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E a Igreja convida-nos a erguer com ousadia esta Cruz gloriosa, a fim de que o mundo possa ver até onde chegou o amor do Crucificado pelos homens, por todos os homens. A mesma convida-nos a dar graças a Deus, porque de uma árvore que trouxera a morte surgiu novamente a vida. É sobre este madeiro que Jesus nos revela a sua soberana majestade, nos revela que Ele é exaltado na glória. Sim, “Vinde, adoremo-Lo!”. No meio de nós, encontra-se Aquele que nos amou até ao ponto de dar a sua vida por nós, Aquele que convida todo o ser humano a aproximar-se d’Ele com confiança.

(…) O sinal da Cruz é de alguma forma a síntese da nossa fé, porque nos diz quanto Deus nos amou; diz-nos que, no mundo, há um amor mais forte do que a morte, mais forte do que as nossas fraquezas e os nossos pecados. A força do amor é maior do que o mal que nos ameaça. É este mistério da universalidade do amor de Deus pelos homens que Maria veio revelar aqui, em Lourdes. Ela convida todos os homens de boa vontade, todos aqueles que sofrem no coração ou no corpo, a levantar os olhos para a Cruz de Jesus a fim de encontrar nela a fonte da vida, a fonte da salvação.


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