

São Brás
Sobre o começo da vida de São Brás, de fato a história não nos deixou muitos relatos. O que sabemos sim é que ele nasceu na cidade de Sebaste, Armênia, por volta do ano 300.
Era médico, mas a certa altura da vida começou a questionar-se sobre sua profissão. Tinha um grande desejo de servir a Deus, mas não sabia bem como o fazer.
Resolveu então São Brás retirar-se e viver como eremita e ficar em constante oração. Viveu nessa condição por muitos anos.
Como resultado, sua fama de santidade se espalhou por toda a região da Capadócia, pois ele atendia a todos que o procuravam.
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Bispo por vontade do povo de Deus
Aconteceu que o Bispo local morreu. Em seguida, toda população da região veio ao seu encontro suplicando que ele se tornasse padre para tomar conta do povo de Deus.
Ele aceitou e então foi morar na cidade. Passou por todos os estudos e se ordenou sacerdote. Tão logo foi sagrado Bispo.
O mau sempre persegue os bons
Sebaste era administrada por Agricola, um tirano que combatia o cristianismo em toda região.
Certa ocasião, ele ordenou que seus soldados fossem à floresta procurar feras de todas as espécies para martirizar os cristãos na arena. Estes então se depararam com uma cena extraordinária: muitos animais ferozes de todas as espécies, leões, tigres, ursos, hienas lobos e gorilas convivendo entre si na maior harmonia.
Estupefatos e boquiabertos, perguntavam-se o que estaria acontecendo.
Eis que surge do fundo da gruta escura um homem, caminhando entre todas estas feras. Ele levanta as mãos, como que as abençoando e estas, tranquilas, retornam ordenadamente aos seus covis e desertos de onde vieram.
Um leão ainda não se retira. Ergue sua pata e São Brás retira uma farpa que ali se cravara. O animal assim retira-se tranquilo.
A prisão
Sabendo deste fato, Agricola manda prender este santo homem. Desse modo, sem nenhuma resistência deixa-se levar.
É obrigado pelo tirano a adorar ídolos pagãos, o qual prontamente se recusa. É açoitado e lançado na cadeia.
Os milagres
Muitos iam procurar o Santo Bispo, que os abençoava e curava. Um caso famoso foi que, uma pobre mulher buscou aflito São Brás, com o filho nos braços, engasgado e quase sem respirar por uma espinha de peixe que ficara presa na garganta.
Comovido pela fé da senhora, São Brás passou a mão na cabeça da criança, ergueu os olhos, rezou por um instante, fez o sinal da cruz na garganta do menino e pediu a Deus que o acudisse.
Pouco depois a criança ficou livre da espinha que a maltratava.
Certa vez também, uma pobre viúva se apresentou alegando que um lobo havia levado a única coisa que possuía – um porco.
— Vai em paz, disse-lhe o santo. Tenha fé em Deus.
A viúva sentindo-se consolada, voltando a sua pobre choça em que vivia, assim que acabara de chegar, escutava o ronco do suíno no pequeno chiqueiro que construira.
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A entrega a Deus
Todas as vezes que se apresentava a Agricola era obrigado a adorar os ídolos. Inegavelmente nunca se curvara a tal. E o tirano estava cada vez mais enfurecido com o santo.
Certa ocasião, sete mulheres lançaram ao fundo de um lago os ídolos de Agricola. Este, furioso, castigou-as brutalmente.
O Santo Bispo compadeceu-se delas e chorou por elas. Vendo isso, Agricola condenou-o à morte, decretando que fosse lançado no mesmo lago que as mulheres haviam lançado os malditos ídolos.
No momento de ser lançado, São Brás fez um sinal da cruz sobre as águas e avançou sem afundar. As águas pareciam uma estrada sob seus pés. No meio do lago, desafiou os soldados a colocar à prova os poder dos deuses deles.
Muitos foram, mas afundaram no mesmo instante.
Então um Anjo do Senhor apareceu ao bom Bispo ordenando que retornasse a margem e se entregasse ao martírio.
O governador o condenou à decapitação.
Um pedido de um santo
Ao se apresentar ao carrasco, São Brás suplicou a Deus por todos que o haviam assistido nos sofrimentos e também por aqueles que lhe pedissem socorro, após ter ele entrado na glória dos céus.
Neste instante, o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo lhe apareceu prometendo conceder o que pedia.
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São Brás é o protetor contra as doenças da garganta. E na sua festa, dia 3 de Fevereiro, a Igreja realiza a tradicional benção de São Brás, ou benção da garganta, que se faz cruzando duas velas sobre a garganta – o costume de abençoar as gargantas com velas dá-se em fato de lembrar o fato da mãe do menino engasgado ter levado velas para ele na prisão – e rezando a oração:
Por intercessão de São Brás, Bispo e Mártir, livre-te Deus do mal da garganta e de qualquer outra doença. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
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