São João Paulo II

São João Paulo II guiou a Igreja de Deus por 27 anos. Nasceu no dia 18 de maio de 1920 na cidade de Wadowice, Polônia. Recebeu o nome de Karol e ainda criança perdeu sua irmã, sua mãe e seu irmão, tudo antes de completar 12 anos.

Estudou teatro, literatura e poesia na universidade de Jagiellonian, em Cracóvia mas teve seus estudos interrompidos quando o exército nazista invadiu a Polônia. Passou então a trabalhar em uma indústria química para não ser deportado e foi ali, em meio a estas dificuldades, que ele “ouviu a voz do Senhor: ‘Segue-me!’ Neste contexto muito particular começou a ler livros de filosofia e de teologia” (Homilia do Cardeal Joseph Ratzinger na Missa de exéquias de João Paulo II)

Entrou para o seminário clandestino do Cardeal Sapieha e foi ordenado no dia 1 de novembro de 1946. “Em Julho de 1958 (…) Karol foi, como de costume, com um grupo de jovens apaixonados de canoa aos lagos Masuri para umas férias. Mas levava consigo uma carta que o convidava a apresentar-se ao Primaz da Polônia, Cardeal Wyszynski e podia adivinhar a finalidade do encontro: a sua nomeação para Bispo Auxiliar de Cracóvia.” (idem)

Após o Concílio Vaticano II, Paulo VI o nomeou cardeal em 1968. Mas foi em Outubro de 1978 que o “Cardeal Wojtyla ouviu de novo a voz do Senhor. Renova-se o diálogo com Pedro narrado no Evangelho desta celebração: ‘Simão, Filho de João, tu amas-Me? Apascenta as minhas ovelhas!’” (idem)

Receba em sua casa a Medalha de Nossa Senhora Aparecida. Clique aqui e peça.*

A missão

São João Paulo II enfrentou, de fato, diversas dificuldades durante seu pontificado. Um atentado na Praça de São Pedro, a doença de Parkinson, várias cirurgias. Também enfrentou a ajudor na queda do comunismo em diversos países da Europa Oriental bem como defendeu a fé católica e os valores que ela defende. 

Este papa tinha um olhar especiais com os jovens e a família! Especialmente a família, instituição tão ameaçada nestes tempos. E por isso ele deixou diversos documentos, homilias e discursos. Seguem aqui algumas palavras que este Santo Padre destinou às famílias do mundo inteiro.

“Com a presente Carta, quereria dirigir-me não à família ‘em abstrato’, mas a cada família concreta de cada região da terra, qualquer que seja a longitude e latitude geográfica, onde se encontre, ou a diversidade e complexidade da sua cultura e da sua história. (…) Em Caná da Galileia, onde Jesus foi convidado para um banquete de núpcias, a sua Mãe, também Ela presente, dirigiu-se aos serventes, dizendo: ‘Fazei o que Ele vos disser’ (Jo 2, 5). Também a nós, Maria nos dirige as mesmas palavras.

E aquilo que Cristo nos diz neste momento histórico particular, constitui um forte apelo a uma grande oração com as famílias e pelas famílias. Por esta oração, a Virgem Mãe convida a unirmo-nos aos sentimentos do Filho, que ama cada uma das famílias. Este amor foi por Ele expresso ao início da sua missão de Redentor, precisamente com a sua presença santificadora em Caná da Galileia, presença que ainda agora continua.” (S. João Paulo II, Carta às famílias, 1994)

O Papa das famílias

No encontro mundial das famílias em Outubro de 1997, ele dirigiu estas palavras ao Brasil:

“Amadas famílias que vos reunis aqui no Rio de Janeiro, vindas de todos os povos e nações! (…) A família é patrimônio da humanidade, porque é mediante a família que, conforme o desígnio de Deus, deve-se prolongar a presença do homem sobre a terra. Nas famílias cristãs, fundadas no sacramento do matrimônio, a fé nos vislumbra maravilhosamente o rosto de Cristo, esplendor da verdade, que enche de luz e de alegria os lares que inspiram a sua vida no Evangelho.

“Hoje, infelizmente, vai-se difundindo pelo mundo uma mensagem enganosa de felicidade impossível e inconsistente, que só arrasta consigo desolação e amargura. A felicidade não se consegue pela via da liberdade sem a verdade, porque esta é a via do egoísmo irresponsável, que divide e corrói a família e a sociedade.

“Não é verdade que os esposos, como se fossem escravos condenados à sua própria fragilidade, não possam permanecer fiéis à sua entrega total até à morte! (…) A melhor defesa do lar está na fidelidade que é uma dádiva do Deus fiel e misericordioso, num amor por Ele redimido. (S. João Paulo II, Discurso no II Encontro mundial Com as Famílias)

Receba em sua casa a Medalha de Nossa Senhora Aparecida. Clique aqui e peça.

Por fim, ele terminou pedindo a ajuda de Deus e rezou:

Pelas famílias, para que unidas no amor de Cristo, organizadas pastoralmente, presentes ativamente na sociedade, comprometidas na sua missão de humanização, de libertação, de construção de um mundo segundo o coração de Cristo, sejam realmente a esperança da humanidade!

Pelos filhos, para que cresçam como Jesus, no lar de Nazaré. No seio das mães, dorme a semente da nova humanidade. No rosto das crianças, brilha o futuro, o futuro milênio, o porvir que está nas mãos de Deus.

Pelos jovens, para que se empenhem, com grande entusiasmo, a preparar sua família de amanhã, educando-se a si mesmos para o amor verdadeiro que é abertura ao outro, capacidade de escuta e de resposta, compromisso de doação generosa, inclusive a custo de sacrifício pessoal, e disponibilidade à compreensão recíproca e ao perdão.

Famílias de todo o mundo, quero concluir renovando um apelo: Sede testemunhos vivos de Cristo, que é «o caminho, a verdade e a vida» (cf. Carta às Famílias, 23)! Deixai que entrem no próprio coração os frutos do Congresso Teológico-Pastoral recém concluído. E que a graça e a paz da parte de Deus, nosso Pai, e da parte do Senhor Jesus Cristo, estejam convosco! (cf. 2 Cor 1,2).

Maria, Rainha da Família,

Sede da Sabedoria, Serva do Senhor, rogai por nós. Amém.