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São Pedro e São Paulo

Hoje, dia 29 de junho, a Igreja celebra a Solenidade de São Pedro e São Paulo, grandes Apóstolos e baluartes da Fé católica.

Não foi sem razão que a Santa Igreja reservou o mesmo dia para a comemoração dos dois grandes Apóstolos. Santo Agostinho de Hipona, Bispo e Doutor da Igreja, afirma numa homilia realizada no ano de 395: “Na realidade, [Pedro e Paulo] eram como um só. Embora tenham sido martirizados em dias diferentes, deram o mesmo testemunho. Pedro foi à frente; Paulo o seguiu. Celebramos o dia festivo consagrado para nós pelo sangue dos apóstolos São Pedro e São Paulo. Amemos a fé, a vida, os trabalhos, os sofrimentos, os testemunhos e as pregações destes dois apóstolos”.

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Simão, um pescador convidado Cristo

São Pedro, o então pescador chamado Simão, filho de Jonas, foi escolhido por Nosso Senhor Jesus Cristo, juntamente com outros onze apóstolos, com a missão de ser uma das colunas e fundamentos da Santa Igreja, na difusão e conservação dos ensinamentos da Fé católica recebidos do Divino Mestre.

Sua sublime eleição não se deu por atributos humanos, mas pela graça de Deus que o convertera numa rocha firme e sólida.

Ao reconhecer e proclamar publicamente a divindade de Nosso Senhor: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16), Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, porque não foi a carne nem o sangue que to revelou, mas o meu Pai que está no Céu. Também Eu te digo: 1Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno nada poderão contra ela”” (Mt 16, 17-18). 

São Pedro foi declarado como “pedra”, simbolizando a fortaleza e perenidade da Santa Igreja fundada sob a verdadeira rocha: Nosso Senhor Jesus Cristo; sendo-lhe conferido o poder das chaves, com o múnus de ligação entre a Terra e o Céu: “Dar-te-ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na Terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na Terra será desligado no Céu” (Mt 16,19).

Considerando essa narrativa do Evangelho, São Leão Magno realça o conceito da primazia de Pedro aplicando-a efetivamente à sucessão papal em sua missão especialíssima de conduzir e governar a Igreja, cujo primado foi conferido a São Pedro.

O primeiro Pontífice da Santa Igreja Católica, após ter desempenhado magnificamente a missão de Vigário de Cristo, chegou ao extremo do amor a Deus, entregando sua vida através do martírio. Foi preso, condenado à morte de Cruz, e, julgando-se indigno de morrer de maneira semelhante a seu Senhor, fez o pedido de ser crucificado de cabeça para baixo.

Saulo, o perseguidor, torna-se Paulo, o Apóstolo das Gentes

A história da conversão de São Paulo é comovente. O então encolerizado Saulo, perseguidor dos cristãos de seu tempo, no caminho de Damasco foi subitamente envolvido por uma fulgurante luz vinda do Céu, que derrubou-o do cavalo e cegou-o por seus raios divinos, fazendo-o estremecer de temor ao ouvir uma voz cujo timbre alcançou o âmago de sua alma: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At 9,4)

Diante de tal intervenção divina o orgulhoso fariseu não mais conseguiu resistir ao poder de Cristo e declarou-se vencido: “Senhor, que queres que eu faça?” (At 9,6) Assim, de perseguidor que era, passava a servo fiel, tornando-se um dos mais fervorosos discípulos d’Aquele a Quem perseguia. Saulo ergueu-se do chão. Entretanto, mais do que levantar-se do solo, surgiu em sua alma “o homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade” (Ef 4, 24).

O blasfemador de outrora permaneceria para sempre prostrado num amoroso reconhecimento de sua derrota: “Jesus Cristo veio a este mundo para salvar os pecadores, dos quais sou eu o primeiro. Se encontrei misericórdia, foi para que em mim primeiro Jesus Cristo manifestasse toda a sua magnanimidade e eu servisse de exemplo para todos os que, n’Ele crerem, para a vida eterna” (I Tm 1, 15-16).

A partir de então, Saulo uma vez convertido em Paulo, só se moveria por um único ideal: viver de tal modo que já não fosse ele quem vivia, mas o próprio Cristo vivesse nele (Gl 2, 20).

Após o transcurso de uma vida de incansável apostolado, pregações, perseguições, combates e vitórias, havia chegado o dia em que Paulo deveria ser imolado. A morte para ele pouco significava, pois já se achava morto para o pecado e vivo para Deus, e uma entranhada união o ligava a seu Senhor. Assim, São Paulo foi condenado à morte. Diferentemente de São Pedro, não podia sofrer a suplício da crucifixão, de maneira que lhe fora reservado o holocausto da decapitação.

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A Obra de São Paulo

São Paulo morreu, mas sua monumental obra apostólica, fundamentada na caridade que consumiu sua vida, continua viva e produz ao longo dos tempos abundantes frutos para a Igreja.

Sua firmeza, semelhante à imobilidade de um rochedo batido pelas ondas do mar, mantinha-se inalterável em meio às maiores angústias e agonias, certo de que nem a vida nem a morte o poderiam separar do amor de Cristo (Rm 8, 38-39). E uma vez concluído o combate, percorrida toda a sua carreira e chegado ao termo de sua peregrinação terrena (Tm 4, 7), o Apóstolo apareceu ante o olhar admirado da humanidade, em toda a sua estatura de gigante da Fé, transmitindo para os séculos futuros esta mensagem: “Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade – as três. Porém, a maior delas é a caridade. A caridade jamais acabará!” (I Cor 13, 13.8).

Santidades que se completam

Desse modo, após considerarmos em síntese aspectos tão extraordinários da vida de São Pedro e São Paulo, cuja vida foi uma chama intensa de amor a Deus, sintamo-nos também convidados, quais novos apóstolos, resgatados pelo sangue preciosíssimo do Divino Redentor, a seguirmos o magnífico exemplo dos dois grandes Santos na sublime missão de trabalharmos para a glorificação do Reino de Deus e edificação de sua Igreja!


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