fbpx
Sua Doação | PIX | Boleto | Carnê Digital

Oração da Via Sacra

Durante a Quaresma a Santa Igreja recomenda a oração da Via Sacra, meditando a Paixão de Jesus Cristo, como canal de graças.

Além dos méritos adquiridos pelo exercício da Via-Sacra, podemos também facilmente ser beneficiados pelas indulgências concedidas pela Igreja a quem cumprir determinadas condições.

Pela obtenção de indulgências nos é perdoada total ou parcialmente a pena devida pelos nossos pecados, ou seja, o Purgatório após a morte. As indulgências podem também ser aplicadas às almas de pessoas já falecidas.

Oração Inicial

Ó meu Jesus, preparo-me neste instante para acompanhar-­Vos em Vossa Via Sacra. Nela eu Vos encontrarei chagado, sem forças e ensanguentado. Forte expressão usa a Escritura ao referir-se à Vossa Paixão: “Eu porém, sou um verme, não sou homem, o opróbrio de todos e a abjeção da plebe” (Sl 21, 7). Muito diferente está Vossa Divina figura d’Aquela que os Apóstolos contemplaram no Tabor, ou caminhando sobre as águas, ou curando os enfermos. Nessa divina tragédia verei estampada a feiura e a maldade de meus pecados. Aos Vossos pés deposito minhas misérias e peço-­Vos perdão pela enorme culpa que tenho em Vossos tormentos! Recorro, para isso, à intercessão da Virgem Dolorosa. Que Ela me cubra com seu maternal manto, auxiliando-me a unir-me a Vós e também a abraçar a minha cruz.

Amém.

I Estação – Jesus é condenado à morte

V. Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos

R. Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo

Considera-se nesta primeira Estação a admirável submissão do inocente Jesus no receber do iníquo Pilatos a injusta sentença de morte, para que: os pecadores recebessem a vida, e assim fossem libertos da eterna condenação. Adoro, meu Jesus, aquela divina paciência com a qual do iníquo tribunal de Pilatos recebestes a injustíssima sentença de morte: e pelos méritos de tão bela virtude, peço-vos que apagueis aquela justíssima sentença de eterna morte que tantas vezes me mereceram os meus pecados, e que me chameis no dia final entre os vossos eleitos no céu.

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória

V. Tende piedade de nós Senhor.

R. Tende piedade.

V. Pela misericórdia de Deus descansem as almas dos fiéis defuntos.

R. Amém.

II Estação – Jesus carrega a cruz

V. Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos

R. Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo

Considera-se nesta segunda estação a resignação de Jesus Cristo ao soto-pôr os seus ombros à cruz a fim de nos animar a caminhar atrás de Si pela via da mortificação e da penitência. Bendigo, meu Jesus, a imensa caridade com a qual, por amor a mim, recebestes sobre vossos ombros feridos a pesadíssima cruz, e Vos peço dar-me a graça de pacientemente levar pela espinhosa estrada do mundo a cruz das minhas labutas, sem separar-me jamais da vossa santíssima vontade.

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória

V. Tende piedade de nós Senhor.

R. Tende piedade.

V. Pela misericórdia de Deus descansem as almas dos fiéis defuntos.

R. Amém.

III Estação – Jesus cai pela primeira vez

V. Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos

R. Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo

Considera-se nesta terceira estação como o nosso benigníssimo Senhor, oprimido pelo peso da cruz e pelos golpes dos malfeitores, cai por terra, a fim de nos obter a graça de não cairmos jamais em pecado. Beijo, meu Jesus, com todo o afeto aquele terreno que Vós ensopastes do vosso sangue na dolorosa queda que sofrestes sob a cruz. Pelos méritos daquela acerbíssima pena que então sofrestes, peço-Vos que não permitais jamais que eu caia da vossa graça; e no caso de eu me encontrar caído, ressurja logo com uma contrição sincera.

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória

V. Tende piedade de nós Senhor.

R. Tende piedade.

V. Pela misericórdia de Deus descansem as almas dos fiéis defuntos.

R. Amém.

IV Estação – Jesus se encontra com a sua Santíssima Mãe

V. Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos

R. Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo

Considera-se nesta quarta estação a inefável dor que experimentaram reciprocamente Jesus Cristo e a sua Santíssima Mãe ao se encontrarem no caminho do Calvário, a fim de obterem para nós a graça de fugirmos com toda a cautela de todos os encontros perigosos. Oh, pudesse também eu, ó meu Jesus, consumir-me em pranto por compaixão diante de vossos tormentos, a fim de levar-Vos com as minhas lágrimas algum conforto! Neste momento, peço-Vos, ó Jesus, pelas agonias de vossa Mãe, e a Vós também, peço, ó Maria, pelas dores do vosso Filho, que me comovais o coração e façais que, chorando até a morte, possa ter eu a bela sorte de encontrar-vos e gozar convosco para sempre na beatitude do paraíso.

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória

V. Tende piedade de nós Senhor.

R. Tende piedade.

V. Pela misericórdia de Deus descansem as almas dos fiéis defuntos.

R. Amém.

V Estação – Jesus é ajudado pelo Cireneu

V. Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos

R. Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo

Considera-se nesta quinta estação como Jesus Cristo permite ser ajudado pelo Cireneu a carregar a cruz, a fim de ensinar a nós todos a não nos avergonharmos jamais de levar junto com Ele a cruz misteriosa da pobreza, das doenças, das perseguições e das desgraças. Confundo-me, meu Jesus, ao refletir sobre a repugnância mostrada pelo Cireneu em vos ajudar a levar a cruz, e vos peço humildemente perdão pela pouca resignação com a qual eu mesmo levei até agora a mística cruz dos sofrimentos. Oh, que eu não me abata jamais por qualquer labuta que eu tenha de enfrentar, e que eu reponha sempre minha delícia no viver e morrer crucificado para todos os gostos do mundo.

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória

V. Tende piedade de nós Senhor.

R. Tende piedade.

V. Pela misericórdia de Deus descansem as almas dos fiéis defuntos.

R. Amém.

VI Estação – Jesus é enxugado pela Verônica

V. Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos

R. Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo

Considera-se nesta sexta estação como Jesus Cristo deixou impressa a imagem do seu rosto no pano da Verônica que avançou entre a multidão a fim de enxugá-lo, e com isso nos ensina o dever de desprezar todos os respeitos humanos se queremos ter o seu retrato esculpido no nosso coração. Admiro, meu Jesus, a generosa piedade da Verônica, ao avançar sem temor entre a multidão insolente para enxugar-vos a face toda gotejante de suor e de sangue; e pelos méritos desta tão bela coragem, peço-vos que me deis força para vencer todo o respeito humano e para sempre mais avançar no vosso amor.

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória

V. Tende piedade de nós Senhor.

R. Tende piedade.

V. Pela misericórdia de Deus descansem as almas dos fiéis defuntos.

R. Amém.

VII Estação – Jesus cai pela segunda vez

V. Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos

R. Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo

Considera-se nesta sétima estação como Jesus Cristo cai pela segunda vez sob o peso da sua cruz para nos obter a força de não recairmos nunca em pecado. Oh, não permitais, ó meu Jesus, que com novos pecados eu vos renove as penas atrocíssimas e as horrendas fadigas por vós sofridas na segunda queda! A vossa paixão seja sempre na minha mente e no meu coração a fim de evitá-los com todo o desejo de renovação e de corresponder ao vosso amor com uma fidelidade inalterável no vosso santo serviço.

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória

V. Tende piedade de nós Senhor.

R. Tende piedade.

V. Pela misericórdia de Deus descansem as almas dos fiéis defuntos.

R. Amém.

VIII Estação – Jesus fala às santas mulheres

V. Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos

R. Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo

Considera-se nesta oitava estação como Jesus Cristo ensinou às mulheres piedosas a chorar por si mesmas em vez de chorar por Ele, a fim de nos ensinar a chorar antes de qualquer coisa os nossos pecados, que foram a causa de todos os Seus sofrimentos. É verdade, ó meu adorável Jesus, que eu tenho mais motivos para chorar os meus pecados que os vossos tormentos, mas se os meus pecados foram a causa de todas as vossas penas, é então meu dever que eu chore por compaixão das vossas dores e por dor dos meus pecados. Concedei-me pois o dom das lágrimas, a fim de que eu chore frutuosamente até a morte, para que eu não tenha de chorar depois inutilmente toda a eternidade no inferno.

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória

V. Tende piedade de nós Senhor.

R. Tende piedade.

V. Pela misericórdia de Deus descansem as almas dos fiéis defuntos.

R. Amém.

IX Estação – Jesus cai pela terceira vez

V. Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos

R. Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo

Considerasse nesta nona estação como Jesus Cristo, como reflexo da inutilidade da sua paixão a respeito de muitos, sente-se oprimir de modo a cair pela terceira vez sob a cruz, a fim de nos ensinar que o maior desgosto que nós podemos provocar é o de abusar dos seus benefícios e das suas graças. Não permitais, ó Senhor, que eu esteja no número daqueles que, caminhando num caminho contrário aos vossos exemplos, tornam inúteis para si próprios a vossa paixão e a vossa morte. Sustentai-me com a vossa graça, a fim de que, merecendo estar com os eleitos à vossa direita no dia do juízo, seja com eles introduzido por Vós no reino da glória.

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória

V. Tende piedade de nós Senhor.

R. Tende piedade.

V. Pela misericórdia de Deus descansem as almas dos fiéis defuntos.

R. Amém.

X Estação – Jesus é despido de suas vestes

V. Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos

R. Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo

Considera-se nesta décima estação o rubor experimentado por Jesus Cristo ao ser despido diante de todos, a fim de expiar as nossas vaidades e as nossas imodéstias. Depois amargou o fel para descontar os débitos por nós contraídos por tantas gulodices. Oh, por aquele santo rubor que vos subiu, ó meu Jesus, ao ser publicamente despido das vossas vestes, concedei-me a graça de despir-me de todos os hábitos pecaminosos, e de desprezar corajosamente os boatos dos libertinos e todos os preconceitos do mundo.

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória

V. Tende piedade de nós Senhor.

R. Tende piedade.

V. Pela misericórdia de Deus descansem as almas dos fiéis defuntos.

R. Amém.

XI Estação – Jesus é pregado na cruz

V. Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos

R. Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo

Considera-se nesta décima primeira estação a dolorosa carnificina suportada por Jesus Cristo ao ser estendido e pregado sobre a cruz, a fim de descontar a pena dos pecados que nós cometemos com todos os sentimentos do nosso corpo. Fico horrorizado, meu Jesus, ao pensar na bárbara e desumana atrocidade de vos pregar com tão impiedosos golpes sobre a cruz; e pelos méritos daqueles espasmos que provastes em tão horrenda carnificina, peço-vos que me deis o espírito para crucificar com a mortificação os meus sentidos, a fim de que não possam nunca se rebelar contra a vossa santíssima lei.

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória

V. Tende piedade de nós Senhor.

R. Tende piedade.

V. Pela misericórdia de Deus descansem as almas dos fiéis defuntos.

R. Amém.

XII Estação – Jesus morre na cruz

V. Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos

R. Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo

Considera-se nesta décima segunda estação como Jesus Cristo, depois de três horas de penosíssima agonia, morreu em meio a dois ladrões sobre a cruz, a fim de dar a vida a todo o mundo e de tornar doce a nossa morte. Uma vez que, à vossa morte, ó meu Jesus, se conturbaram os céus e a terra, dai-me, peço-vos, uma contrição vivíssima das minhas culpas, para que eu não apareça mais insensível das mesmas coisas insensatas, mas ao invés, com um coração despedaçado pela dor, eu chore continuamente a vossa paixão e morte.

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória

V. Tende piedade de nós Senhor.

R. Tende piedade.

V. Pela misericórdia de Deus descansem as almas dos fiéis defuntos.

R. Amém.

XIII Estação – Jesus é descido da cruz

V. Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos

R. Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo

Considera-se nesta décima terceira estação a acerbíssima dor de Maria ao ver, entre seus braços, o ensanguentado cadáver de seu Filho. Oh, salvaguardemo-nos de renovar tão grande tormento à Virgem com os nossos pecados, os quais são uma nova crucifixão de Jesus Cristo. Orai conosco, ó grande Virgem, já que o excesso das minhas falhas deram a morte Àquele que era imortal. Eu me doo por isso o quanto posso, e decido sofrer qualquer pena antes que renovar com a minha morte a crucifixão do vosso Filho. Vós, porém, ó Maria, que bem sabeis quanto eu sou frágil e inconstante, obtende-me a força de ser sempre fiel a tão necessário propósito.

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória

V. Tende piedade de nós Senhor.

R. Tende piedade.

V. Pela misericórdia de Deus descansem as almas dos fiéis defuntos.

R. Amém.

XIV Estação – Jesus é colocado no sepulcro

V. Nós te adoramos, ó Cristo, e te bendizemos

R. Porque com a tua santa Cruz redimiste o mundo

Considera-se nesta última estação a devoção de João, de José de Arimateia, de Nicodemos e das outras piedosas mulheres ao dar digna sepultura a Jesus Cristo. Oh, Reavivemos a fé e tenhamos com relação a Ele os mesmos sentimentos de tristeza, quando, na Sagrada Comunhão, Ele vier se depositar no nosso pobre coração. Para cavar-me do sepulcro dos meus pecados, Vós quisestes descer à tumba, ó meu Jesus; agradeço-vos o quanto posso por um benefício assim tão nobre, e vos peço de completar a vossa obra ao fazer com que, vivendo continuamente na vossa graça, eu mereça viver convosco eternamente na glória.

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória

V. Tende piedade de nós Senhor.

R. Tende piedade.

V. Pela misericórdia de Deus descansem as almas dos fiéis defuntos.

R. Amém.